O que são os (ODS) Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fazem parte de uma agenda global proposta por líderes mundiais durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015. Eles devem ser implementados por todos os países do mundo durante os próximos 10 anos, até 2030. São 17 objetivos e 169 metas que contam com uma rede multidisciplinar de apoio e parcerias para que sejam alcançados.
O turismo tem um papel de destaque nesse processo em razão de sua relevância econômica, uma vez que no último ano representou cerca de 7,7% do PIB brasileiro e 10,3% do PIB global!
Você sabia que 1 em cada 4 empregos no mundo foram gerados devido ao turismo? Esse cenário faz com que a atividade turística sustentável seja influenciadora para o avanço dos ODS.
A atividade turística pode abordar direta ou indiretamente todos os objetivos e, cientes da sua importância, a Organização Mundial do Turismo (OMT) lançou uma plataforma online, a fim de auxiliar na promoção e realização dos ODS pelos diversos setores da cadeia turística. Saiba mais clicando aqui!
A Ekoways Turismo e Sustentabilidade é uma empresa multiplicadora das ODS e no dia 03/12/2020 recebeu o Selo SESI ODS, afirmando o comprometimento com a Agenda 2030, durante o Congresso SESI de 2020. O reconhecimento foi devido ao objetivo que mais defendemos, ODS 12 – Consumo Responsável, afim de assegurar padrões de produção e de consumo consciente por meio do desenvolvimento sustentável do turismo.
Você conhece o Selo Sesi ODS?
O Selo Sesi ODS, oferecido pelo Sistema Fiep, por meio do Sesi no Paraná, é um reconhecimento de boas práticas que visem o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que estejam sendo implementadas por empresas, indústrias, instituições públicas, e do terceiro setor de todo o Paraná. Acesse o relatório completo das boas práticas relacionadas a prevenção da Covid-19 e ações pós pandemia aqui: http://portalods.com.br/boas-praticas-e-relatorio-premio-sesi-ods/ .
Nós desenvolvemos caminhos que favorecem a integração da vida ecossistêmica para o cultivo de culturas permanentes e recursos renováveis. Buscamos contribuir para o desenvolvimento humano através de vivências em meio a natureza, do consumo consciente e da propagação de conceitos como ecologia profunda. Para uma nova visão de mundo utilizando as viagens e as movimentações humanas com mais ética, auto responsabilidade e noção do ambiente inteiro.
A Ekoways é multiplicadora das ODS e atua indiretamente contemplando todos os objetivos, porém mais diretamente nos relacionamos com os ODS 8, 11, 12, 13, 14 e 15. Saiba mais sobre esses:
ODS 8 – Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
O turismo sustentável promove a preservação do meio ambiente e da comunidade que recebe os turistas. Essa atividade econômica precisa atender as necessidades sociais e ambientais. A preservação da biodiversidade, da cultura e dos sistemas naturais faz parte dessa atividade!
Uma das metas desse objetivo é de melhorar progressivamente a eficiência dos recursos globais no consumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental, de acordo com o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Sustentáveis, com os países desenvolvidos assumindo a liderança.
Um de nossos roteiros, Sabores e Saberes do Barreado, oferta uma experiência gastronômica que inclui muitos parceiros para indicações geográficas de culinária local em um só final de semana, abrangendo parceiros de Morretes e Antonina.
Aliadas às práticas da Agroecologia as cooperativas e associações agrícolas como por exemplo nosso parceiro AMAE – Associação Morretes Agroflorestal e Ecológica, pode produzir alimentos orgânicos e os trabalhadores podem de forma conjunta impactar positivamente na comunidade e ter uma relação de trabalho mais participativa e democrática.
ODS 11 – Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Sabemos que metade da humanidade – 3,5 bilhões de pessoas – vive nas cidades atualmente. Em 2030, quase 60% da população mundial viverá em áreas urbanas. Lembremos que as cidades no mundo ocupam somente 2% de espaço da Terra, mas usam 60 a 80% do consumo de energia e provocam 75% da emissão de carbono.
A rápida urbanização está exercendo pressão sobre a oferta de água potável, de esgoto, do ambiente de vida e saúde pública. Mas a alta densidade dessas cidades pode gerar ganhos de eficiência e inovação tecnológica enquanto reduzem recursos e consumo de energia.
O turismo pode promover a infraestrutura urbana e a acessibilidade, promover a regeneração e preservar o patrimônio cultural e natural, ativos dos quais o turismo depende. O investimento em infraestrutura verde (transporte mais eficiente, redução da poluição do ar) deve resultar em cidades mais inteligentes e mais verdes, não apenas para residentes, mas também turistas. Algumas metas que buscamos seguir dessa ODS:
11.4 – Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo
11.6 – Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
11.6.1 – Proporção de resíduos sólidos urbanos coletados e gerenciados em instalações controladas pelo total de resíduos urbanos gerados, por cidades
11.7 – Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência
11.b – Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres; e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do risco de desastres em todos os níveis
11.c – Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais.
ODS 12 – Consumo Responsável – Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Atualmente 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas. A população global deve chegar a 9,6 bilhões de pessoas até 2050; o equivalente a três planetas seriam necessários para prover os recursos naturais necessários para sustentar os estilos de vida atuais.
Notícias como essas trazem profundas inquietações e é por isso que os roteiros da Ekoways buscam a diminuição dos resíduos gerados durante os passeios e fomentam uma gestão evolutiva e regenerativa.
O setor de turismo precisa adotar modos de consumo e produção sustentáveis (SCP), acelerando a mudança para a sustentabilidade. Ferramentas para monitorar o desenvolvimento sustentável, os impactos no desenvolvimento do turismo, incluindo energia, água, resíduos, biodiversidade e criação de empregos, resultarão em melhores resultados econômicos, sociais e ambientais. Se as pessoas usassem lâmpadas de baixo consumo, o mundo economizaria 120 bilhões de dólares anualmente! As metas que mais nos identificamos e apoiamos são:
12.2 – Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais;
12.5 – Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso;
12.5.1 – Taxa de reciclagem nacional por toneladas de material reciclado;
12.6 – Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios;
12.8 – Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação relevante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza
ODS 13 – Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
O turismo contribui e é afetado pelas mudanças climáticas. As partes interessadas em turismo devem desempenhar um papel de liderança na resposta global às mudanças climáticas. Ao reduzir sua pegada de carbono, no setor de transporte e acomodação, o turismo pode se beneficiar do crescimento de baixo carbono e ajudar a enfrentar um dos desafios mais urgentes do nosso tempo.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -IPCC (2014), em seu último relatório reafirmou que as mudanças climáticas estão ocorrendo e suas causas são derivadas das ações antropogênicas. As contradições entre o estilo de desenvolvimento adotado pelos países e a sustentação deste pela natureza são visíveis.
A mudança climática afeta diretamente os elementos básicos da vida no Planeta, como o acesso a água, produção de alimentos, saúde e meio ambiente, causando aumento de pressão sobre os recursos naturais aliados a grande urbanização, industrialização e desenvolvimento econômico.
Neste cenário, uma das áreas afetadas pelas mudanças climáticas é o turismo!
Nesse assunto, um documento conhecido como “Mudanças Climáticas e Turismo: responder aos desafios mundiais”, elaborado pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), infere certas coisas…
É dito que as mudanças do clima afetarão os destinos turísticos, sua competitividade e sustentabilidade em quatro grandes áreas: Impactos climáticos diretos; Impactos indiretos das mudanças ambientais; Impactos das políticas de mobilidade e da redução do Turismo; e Impactos indiretos das mudanças sociais (Brasil, 2008).
Após esta conferência os temas relacionados com a mudança climática e o turismo voltaram à tona no mundo, até chegar em uma das mais conhecidas, a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas (COP 21), realizada em Paris em 2015.
A COP 21 foi aprovado por 195 países com o objetivo de reduzir emissões de GEE no contexto do desenvolvimento sustentável. Os encontros levaram em conta que o turismo deve encontrar medidas de consenso face à mudança climática.
O clima encontra-se entre os fatores que motivam e determinam boa parte dos fluxos e tendências turísticas. Entretanto, a mudança climática tem afetado muitos destinos turísticos, onde eventos extremos de seca, tempestade, grandes volumes de chuva, furacões entre outros tem tornado muitas regiões e comunidades globais, vulneráveis.
Mas, da mesma forma como é influenciado pelas mudanças do clima, o turismo tem contribuído para o aquecimento global.
De acordo com Peeters et al. (2017), os impactos ambientais do turismo que contribuem para as emissões de GEE podem ser observados a partir do consumo de energia, uso de combustíveis fósseis e o transporte de turistas.
Tais impactos constituem-se o problema ambiental mais urgente relacionado ao turismo, impondo ao setor o desafio de encontrar mecanismos que permitam reduzir os impactos ambientais, fazendo com que os países diminuam os níveis de emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos elementos responsáveis pelo aquecimento global.
De toda forma, segmentos turísticos expostos a eventos climáticos extremos poderão cada vez mais ser influenciados pela mudança climática, afetando sua infraestrutura e exigindo medidas de preparação para emergências, elevando os gastos de manutenção e interrompendo por vezes a atividade comercial (Scott et al., 2012; Fit chett et al., 2016).
Isso significa, de acordo com a OMT (2007) que, mesmo sob condições atuais, a rentabilidade e viabilidade do destino turístico é parcialmente influenciada pelo clima.
Em relação ao aumento da temperatura global, esta poderá encurtar o período das estações de inverno, diminuindo as camadas de gelo e, além de diminuir o potencial turístico das estações de neve, poderia inclusive vir a inviabilizar a realização do turismo, gerando toda uma problemática econômica e social nas regiões mais afetadas.
Contudo, há o outro lado da situação, pois, da mesma forma que a mudança climática pode inviabilizar a prática do turismo em regiões mais conhecidas, poderá destacar o potencial turístico de regiões pouco, ou até então não exploradas!
De toda forma é importante perceber a relação de reciprocidade existente entre o turismo e a mudança climática, como a mudança no clima irá afetar a atividade turística, e como a poluição gerada pelo turismo contribuirá para o aquecimento global (Scott et al., 2009; Ficchett et al., 2015).
Diante disso, a estratégia está em promover iniciativas que conduzam a uma série de mudanças.
Entre elas estão utilizar uma matriz energética mais limpa, legislações mais severas em relação à conservação dos ecossistemas naturais, educação ambiental, melhora nas práticas agrícolas, redução do consumo e do desperdício, política ambiental e turística adequada, entre outros, assegurando assim condições de sustentabilidade às gerações futuras. As metas que apoiamos são:
13.3 – Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima
13.3.1 – Grau em que a (i) a educação para a cidadania global e (ii) a educação para o desenvolvimento sustentável são integradas nas (a) políticas nacionais de educação; (b) currículos escolares; (c) formação de professores; e (d) avaliação de estudantes.
ODS 14 – Vida na água – Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
O turismo costeiro e marítimo depende de ecossistemas marinhos saudáveis. O desenvolvimento do turismo deve fazer parte da Gestão Integrada da Zona Costeira, a fim de ajudar a conservar e preservar os ecossistemas marinhos frágeis e servir como um veículo para promover uma economia azul, contribuindo para o uso sustentável dos recursos marinhos. Apoiamos a meta:
14.b – Fortalecer a pesca artesanal em pequena escala na zona costeira e marinha
14.c – Fortalecer mecanismos para assegurar a conservação e uso sustentável do oceano e dos seus recursos
No que diz respeito ao primeiro caminho para a ação, considera-se fundamental promover a geração e a difusão do conhecimento técnicos e dados sobre os ecossistemas marinhos costeiros, para aperfeiçoamento dos processos e sistemas de gestão e para favorecer o entendimento das complexas interações entre mudança global do clima e oceano.
ODS 15 – Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
A rica biodiversidade e o patrimônio natural costumam ser os principais motivos pelos quais os turistas visitam um destino. O turismo pode desempenhar um papel importante se gerido de forma sustentável em zonas frágeis, não apenas na conservação e preservação da biodiversidade, mas também na geração de receitas como meio de subsistência alternativo para as comunidades locais. Alguns dados importantes a serem lembrados:
- Treze milhões de hectares de florestas estão sendo perdidos a cada o ano.
- Cerca de 1,6 bilhão de pessoas dependem das florestas para sua subsistência. Isso inclui 70 milhões de indígenas. Florestas são o lar de mais de 80% de todas as espécies de animais, plantas e insetos terrestres.
- 2,6 bilhões de pessoas dependem diretamente da agricultura, mas 52% da terra usada para agricultura é afetada moderada ou severamente pela degradação do solo.
- Anualmente, devido à seca e desertificação, 12 milhões de hectares são perdidos (23 hectares por minuto), espaço em que 20 milhões de toneladas de grãos poderiam ter crescido.
- Das 8.300 raças animais conhecidas, 8% estão extintas e 22% estão sob risco de extinção.
- 80% das pessoas vivendo em área rural em países em desenvolvimento dependem da medicina tradicional das plantas para ter cuidados com a saúde básica.
As metas que buscamos apoiar deste objetivo são:
15.1.2 – Proporção de sítios importantes para a biodiversidade terrestre e de água doce cobertos por áreas protegidas, por tipo de ecossistema
15.2 – Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente
15.2.1 – Progressos na gestão florestal sustentável
15.3 – Até 2030, combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo
15.4 – Até 2030, assegurar a conservação dos ecossistemas de montanha, incluindo a sua biodiversidade, para melhorar a sua capacidade de proporcionar benefícios que são essenciais para o desenvolvimento sustentável
15.5 – Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitat naturais, deter a perda de biodiversidade e, até 2020, proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas
Devido à sua natureza intersetorial, o turismo tem a capacidade de fortalecer as parcerias público-privadas e envolver várias partes interessadas – internacionais, nacionais, regionais e locais – a trabalhar em conjunto para alcançar os ODS e outros objetivos comuns. A política pública e o financiamento inovador estão no centro para alcançar a Agenda 2030.
No fim, podemos entender o quanto o turismo pode e deve participar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como a participação efetiva da Ekoways nestes objetivos, sempre buscando o melhor para turistas, comunidades e a natureza!
Agradecemos por ler até aqui, esperamos que tenha gostado e ficamos muito felizes por contribuirmos para um mundo melhor!