Muitos viajantes internacionais quando pensam em visitar um Floresta Tropical brasileira pensam imediatamente na Floresta Amazônica, poucos tem o conhecimento sobre a Floresta Atlântica.
O Brasil tem seis biomas diferentes mais o ecossistema marinho, nós brasileiros temos duas florestas tropicais e isso é incrível porque naturalmente tem uma grande diversidade de espécies.
As duas florestas são tropicais e muito importantes, a Mata Atlântica é ainda mais importante para a população brasileira em geral, porque tem mais gente morando na Mata Atlântica, muito mais gente do que na Amazônia, mas o que chama a atenção pensando em, por exemplo, investimentos globais é justamente o tamanho e a dimensão da Amazônia, porque ela ainda está bem preservada, apesar do desmatamento muito mais acelerado no momento que as pessoas estão prestando mais atenção nesse movimento que infelizmente é uma constante. A Mata Atlântica parece que foi destruída no momento em que as pessoas não se importavam, com uma antiga crença de associação do desmatamento ao progresso, em que as pessoas realmente não tinham cultura e consciência de que esse recurso natural é finito e que poderia acabar. Nós temos a exploração da Mata Atlântica desde o descobrimento do Brasil até de forma acelerada, pois até os anos 80 então foi realmente um saque que aconteceu aqui na Floresta Atlântica.
Para o público externo, eles priorizam a Amazônia por sua dimensão e toda a sua importância em nível Global, a Mata Atlântica acaba sendo pouco notada, porém está muito mais próxima da população brasileira.
A Mata Atlântica está entre as mais exuberantes e exuberantes florestas tropicais da Terra. Quase tão diversa da Floresta Amazônica mais conhecida, a Mata Atlântica, desde a colonização até meados do século 20, foi dizimada a menos de 13% de sua extensão original. A boa notícia é que um pedaço enorme, contínuo e bem preservado dessa floresta permanece, compreendendo 1,8 milhão de hectares de floresta tropical contínua. Levando em consideração o tamanho do bioma megadiverso da Mata Atlântica em relação à Amazônia, em termos gerais a Amazônia é muito mais inteligente em número de espécies, mas em proporção por área, a Mata Atlântica tem muito mais espécies por metro quadrado. A Floresta Amazônica ainda tem 60 a 70% de sua cobertura natural enquanto a Mata Atlântica tem menos de 10% em bom estado de conservação, hoje só lida com fragmentos. Por exemplo, se considerarmos o número de plantas, apenas na Bahia foram encontradas 450 espécies de árvores diferentes em um único hectare de Mata Atlântica, você não encontrará nada semelhante a esse número se você olhar para as espécies de árvores na Europa. Outro exemplo que temos é uma taxa de endemismo semelhante a Madagascar, um lugar mais conhecido mundialmente do que um lugar turístico.
A latitude da Mata Atlântica cobre uma porção muito extensa do Litoral, dos Estados do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, passa por diversos tipos de ambientes desde o continente, mas também possui muitas sub-formações e passa por diversos tipos de ambientes, a exemplo desses ecossistemas você pode encontrar: floresta de araucárias, campos de altitude, florestas serranas, planície costeira, rios e cachoeiras, pântanos e pântanos, baías e manguezais, salinas e praias, mar e ilhas.
Entre 22 e 31 de outubro, a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) realizou no Vale do Ribeira, a Adventure Week em parceria com a Adventure Travel Trade Association (ATTA), organização promotora do ecoturismo e Turismo de aventura, no Vale do Ribeira. Entre as atividades, foi programada uma rodada de negócios para apresentar os empreendimentos e serviços locais. A EkoWays participou da rodada de negócios e também prestou serviço como Guia de Turismo Nacional especializada em receptivo internacional. Durante o acompanhamento de um dos grupos de operadores de turismo e formadores de opinião, estrangeiros conheceram os encantos de uma região ainda pouco conhecida, o Vale do Ribeira, conhecido pela maior área preservada de Mata Atlântica do país, além de praias desertas, parques naturais e dezenas de cavernas.
Em um dos muitos caminhos trilhados pela Mata Atlântica, Amanda Selivon, turismóloga, guia de turismo, articuladora do Turismo Regenerativo no Brasil, membra ativista da rede da Grande Reserva Mata Atlântica, trilhou junto ao jornalista e viajante parte integrante do grupo que estava conduzindo, Mark Johanson, que ficou profundamente interessado em saber mais sobre a iniciativa. Durante a Trilha do Betari, uma das mais belas caminhadas dentro do Parque Petar Núcleo Santana, o assunto foi aprofundado, o que gerou interesse para posteriormente escrever uma matéria mais específica sobre a Mata Atlântica, escrita por Mark para a renomada revista internacional Condé Nast Traveler. Acesse aqui para ler o artigo internacional.
A Grande Reserva da Mata Atlântica é uma iniciativa de grupo, uma cooperação entre várias instituições locais, voltadas para a conservação, cujo objetivo é promover um desenvolvimento sensato e sustentável desta incrível região. Estas instituições partilham com entusiasmo o seu apoio ao desenvolvimento regional que tem em vista a conservação da diversidade local, tanto biológica como cultural.
A metodologia de impacto coletivo baseia-se no comprometimento de um grupo de atores importantes de diferentes setores com uma agenda comum para solucionar um problema socioambiental específico. Abrange três estados São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Tudo começou conhecendo este novo modelo utilizado pela Fundacion Rewilding Argentina e aplicando a metodologia para o projeto Grande Reserva Mata Atlântica que faz parte de uma Organização Não Governamental denominada SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental.
O movimento que se inspira no conceito de Produção da Natureza, adaptado às realidades específicas dos diversos biomas brasileiros, pode representar uma oportunidade inédita para o estabelecimento de um modelo de grandes áreas naturais bem preservadas, percebidas pela sociedade como uma alternativa de desenvolvimento regional para parcelas significativas do território brasileiro e está sendo realizado o no território da Mata Atlântica.
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