A importância da conservação dos oceanos

Você já parou para refletir sobre a importância da conservação dos oceanos ?

Os ecossistemas azuis (água doce e salgada), desempenham papéis indispensáveis na manutenção da natureza, da humanidade e do nosso planeta. A CONSERVAÇÃO DOS OCEANOS é importante, pois, cobrem cerca de 71% da superfície terrestre, são verdadeiros ecossistemas complexos, habitados por uma diversidade incrível de seres vivos, são repletos de organismos microscópicos fotossintéticos (fitoplâncton), assim como bactérias fotossintéticas (cianobactérias) que são responsáveis pela maior produção de matéria orgânica e pela liberação do oxigênio que alimenta nossa camada atmosférica, bem como todo o ecossistema aquático, incluindo os mamíferos marinhos. 

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Além disso, eles desempenham um papel vital na regulação do clima, fornecimento de oxigênio, e são uma fonte crucial de alimento e recursos econômicos para bilhões de pessoas. No ecossistema marinho, as relações entre microrganismos e corais se destacam devido a associações com uma microbiota bastante diversificada composta por bactérias, fungos, arqueias, microalgas, protozoários e vírus que estão presentes no corpo do animal. E a esse conjunto complexo de organismos multicelulares, como animal ou planta e todos os seus microrganismos associados denomina-se Holobionte (Holos = todo; bios = vida; ontos = indivíduo).

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(Foto: Olha Oceanográfico)

Os corais, por exemplo, são frequentemente chamados de “florestas tropicais do mar” devido à sua biodiversidade extraordinária. Funcionam como guardiões subaquáticos, fornecendo abrigo e sustento para uma miríade de criaturas marinhas. Conheça alguns benefícios dos corais: 

  •  É refúgio de 65% da fauna de peixes; 
  • Fornece matéria prima para indústria farmacêutica; 
  • Promove a economia através do turismo;
  • Protege a costa de tempestades e aumento do nível do mar;
  • Contribui como sumidouro de carbono

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O oceano é um importante sumidouro de carbono e calor (absorve mais de 90% do excesso de calor e 30% das emissões de CO2 induzidas pela humanidade).

No entanto, esses preciosos ecossistemas e sua capacidade de fornecer serviços vitais estão sob crescente ameaça da tripla crise planetária e de outras pressões, incluindo a poluição plástica, o uso insustentável da produção de alimentos, geração de energia, extração de água, mineração e desenvolvimento costeiro insustentável, além da pesca predatória, especialmente através de técnicas destrutivas como a pesca com explosivos e a pesca de arrasto, causa danos irreparáveis aos recifes de corais em todo o mundo. 

Alguns dados da UNESCO BRASIL para refletir:

  • O oceano perdeu 2% de seu oxigênio desde a década de 1960;
  • A acidificação oceânica aumentou 30% desde o período pré-industrial;
  • Desde 1970, de 25 a 30% das florestas marinhas foram perdidas;
  • O Aquecimento das temperaturas oceânicas é responsável por 40% do aumento global do nível do mar; 
  • Estima-se que entre 1,1 e 4,9 milhões de toneladas de plástico podem ser encontradas no oceano; 
  • Hoje, áreas de proteção marinha abrigam 70% de 1500 espécies marinhas ameaçadas que estão na lista vermelha da UICN 

Além disso, a poluição costeira, incluindo a contaminação por resíduos plásticos e produtos químicos, representa uma ameaça significativa para a saúde dos corais. Resíduos plásticos, em particular, são engolidos por muitas espécies marinhas, causando danos internos e frequentemente a morte.

A mudança climática é outro fator crítico que afeta os corais. O aumento da temperatura da água do mar e a acidificação dos oceanos, resultante da absorção de dióxido de carbono da atmosfera, têm contribuído para o fenômeno do branqueamento dos corais. 

Veja no vídeo acima como andam as temperaturas marítimas atualmente

Este branqueamento ocorre quando os corais expelem as algas simbióticas que vivem em seus tecidos, algas essas que são essenciais para sua sobrevivência. Sem essas algas, os corais perdem sua cor e, se o estresse persistir, morrem, levando consigo os habitats que sustentam inúmeras outras formas de vida marinha.

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(Foto UN NEWS)

A costa brasileira é um santuário para diversas espécies de cetáceos e sirênios. Os golfinhos, como o boto-cinza e o boto-cor-de-rosa, além de majestosas baleias como a jubarte, encontram refúgio nas águas do Brasil. Os peixes-boi, os sirênios, são outro tesouro marinho, conhecidos por sua natureza gentil e presença em rios e estuários costeiros. No entanto, essas criaturas magníficas enfrentam inúmeras ameaças.

 A pesca ilegal e a captura incidental também são perigosas armadilhas para cetáceos e sirênios. A interação humana irresponsável, como o uso de embarcações motorizadas em alta velocidade, pode resultar em colisões fatais.

É crucial adotar práticas de turismo sustentável, como manter uma distância segura desses animais, evitar o uso de plásticos descartáveis que podem poluir seu habitat, e nunca tentar alimentá-los ou tocá-los, pois isso pode alterar seu comportamento natural e prejudicá-los.

A lei da ação e da reação está sempre presente no Universo. Infelizmente, temos muitas reações não positivas para corrigir e minimizar impactos que afetam diretamente a sobrevivência da biodiversidade planetária.

A degradação do habitat, causada pelo aumento das indústrias próximas às costas marítimas facilitam substâncias tóxicas e excesso de matéria orgânica nesses ecossistemas, além do derramamento de petróleo com borras de óleo que são formadas na superfície da água, impedindo a chegada da luz às zooxantelas (que promovem a nutrição adequada do coral, perdendo outras associações microbianas) coloca espécies da fauna e também da flora em risco constante.

A poluição sonora, resultante do tráfego marítimo intenso, perturba suas habilidades de comunicação e navegação, essenciais para sua sobrevivência. Além disso, precisamos considerar os impactos do turismo marítimo, pois com o aumento de fluxo de Cruzeiros Marítimos na região costeira, é importante contar com os compromissos sociais, éticos e ambientais com os destinos onde param por curtos períodos de tempo. Infelizmente, muitas empresas de cruzeiros não cumprem com essas premissas se tornando mais uma fonte de poluição marinha, através do despejo de lixo e esgoto não tratado no mar. 

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De acordo com o artigo da Embraturo Brasil recentemente aderiu à Convenção do Trabalho Marítimo da OIT, visando melhorar as condições de trabalho no setor marítimo e impulsionar o turismo náutico no país. A medida, aprovada em 2006, foi resultado de uma reunião entre representantes da Clia Brasil, o presidente da Embratur e o ministro do Turismo.

A adesão, aprovada pelo Congresso Nacional em 2019 e promulgada pelo ex presidente Bolsonaro em 2021, consolidou normas de segurança, saúde e jornada de trabalho. O presidente da Embratur destaca o potencial do Brasil nesse segmento e o compromisso em promovê-lo. Com o aumento desse volume de embarcações, é importante cumprir com todos os Códigos de Conduta de Mínimo Impacto, normas e diretrizes do Turismo Responsável. 

 É importante lembrar que já houve outras extinções em massa, outras eras geológicas da terra que foram se transformando e evoluindo a partir dos elementos presentes nos processos biogeoquímicos e ecológicos nas interações associadas que respondem aos distúrbios ambientais. 

Apesar dos desafios, há razões para esperança. Iniciativas de conservação ao redor do mundo estão sendo implementadas para sensibilizar mais pessoas para melhor cuidar dos corais e ecossistemas marinhos. É o caso da Biofábrica de Corais que promove experiências incríveis de Turismo Regenerativo, alinhado com Projetos de restauração de recifes de corais, demonstrando resultados promissores na recuperação de áreas degradadas e na promoção da biodiversidade marinha. Esses projetos envolvem a criação de corais em laboratórios e sua posterior introdução em áreas danificadas, ajudando a restaurar os recifes e fornecer novos habitats para a vida marinha. 

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Qual a importância e ameaças dos corais?

 

O desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e pesquisa também está proporcionando aos cientistas uma compreensão mais profunda das necessidades e dos padrões de comportamento das espécies marinhas. Por meio de satélites, drones e sensores subaquáticos, os pesquisadores podem coletar dados valiosos que informam as medidas de conservação e ajudam a mitigar as ameaças aos ecossistemas marinhos.

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Recursos educacionais, como o Manual de Boas Práticas em Interação com Mamíferos Marinhos e o Guia Ilustrado de Identificação de Cetáceos e Sirênios do Brasil, são ferramentas cruciais para aumentar a conscientização pública. Eles fornecem orientações sobre práticas sustentáveis de interação com os animais marinhos, ajudando a proteger essas espécies e promovendo o turismo sustentável e a conservação dos ecossistemas costeiros.

Cuidar dos oceanos é uma responsabilidade compartilhada por todos nós. Pequenas ações, como reduzir o uso de plástico, escolher produtos do mar sustentáveis e apoiar projetos de conservação marinha, podem ter um impacto significativo na proteção desses preciosos ecossistemas. 

Juntos, podemos trabalhar para garantir um presente sustentável, rumo a um futuro mais restaurativo para os oceanos e todas as formas de vida, inclusive a nossa, que depende dele, cooperando para a conservação e conscientização da rica biodiversidade marinha para as presentes e futuras gerações.

A hora é agora! Que possamos ecoar nosso pensar, expandir nosso sentir e movimentar nosso agir!

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