Reserva Refúgio das Araucárias
Você já sentiu uma “necessidade de natureza e calmaria”, quando estamos envoltos no cotidiano urbano? A cerca de 200 km do movimentado centro da grande São Paulo, está um lugar perfeito para isso, cheio de paz e de conectividade com a natureza e as pessoas: a Reserva Refúgio das Araucárias. Ela é um grande exemplo do desenvolvimento de uma comunidade regenerativa, ou seja, que vive e trabalha de forma mutualística com a natureza. Mutualismo, da ecologia, é a relação entre dois organismos vivos em que ambos se beneficiam e se desenvolvem, de forma totalmente harmônica. Tendo isso em mente, nós temos o prazer de apresentar a ti este lugar maravilho!
Mas antes, qual é a nossa relação com a Reserva?
A EkoWays facilita caminhos de turismo regenerativo, promovendo territórios que fazem uso de espaços sustentáveis, lugares que promovam a conservação da natureza e a educação ambiental, enfatizando a integração de todos os atores e organismos vivos em sua concepção. Nosso objetivo é capacitar sistemas socioambientais para obter um crescimento saudável a longo prazo e formar interações que sejam benéficas para o visitante, para o território e para a comunidade envolvida.
Durante o primeiro semestre de 2021, estivemos visitando e mapeando alguns locais potenciais com propósitos regenerativos no interior do estado de São Paulo. Saiba mais sobre o Refúgio das Araucárias, uma reserva ambiental privada, destinada à proteção de vida selvagem, ao ecoturismo e à habitação sustentável.
Localização da Reserva
A Reserva Ecológica Refúgio das Araucárias localiza-se no município de São Miguel Arcanjo, na Serra da Macaca, interior do estado de São Paulo, no Vale do Ribeira, uma magnífica região onde a Mata Atlântica se faz presente com a sua exuberante Floresta Ombrófila Densa.
A Reserva Refúgio das Araucárias compõe uma área de 30 hectares com diferentes estágios de regeneração florestal. Está praticamente a 20 km do centro de São Miguel Arcanjo e a 7 km da entrada do Parque Estadual Carlos Botelho.
Saiba mais sobre a história do lugar
Esse local é um exemplo de mudança de paradigma em relação ao histórico da fazenda. O Projeto de conservação do Refúgio foi iniciado em 2010 de forma modesta, pela herdeira da área, Edi Oliveira Mendes e seu parceiro Adilson Brito.
Na época, essa área era de uso agropecuário rudimentar e se chamava Fazenda Santa Inez entre os anos de 1930 e ano 2000. Já em 2016, o projeto de conservação teve a participação do Instituto Refloresta por meio do enriquecimento das matas e plantio de mudas em áreas abertas. Atualmente, o processo de restauração busca alcançar a recuperação de 80% dos 30 hectares.
Recentemente, foi incluído o projeto de ecoturismo com o intuito de aproximar as pessoas de experiências sustentáveis, como a contemplação da natureza, observação da biodiversidade, plantio de árvores nativas e plantio de alimentos no sistema produtivo agroflorestal. As trilhas internas na Reserva também apresentam potencial para turismo de aventura com o Bike Park Buraco do Tatu, onde tem várias trilhas single track com diferentes níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil. Além disso, há o Rio Taquaral, onde é possível descer de kaiak.
O casal Edi e Adilson são anfitriões generosos. Recepcionam visitantes e voluntários com entusiasmo, proporcionam uma convivência harmônica e racional do ambiente natural, com valores de respeito e compaixão pela vida, compartilhando suas experiências e ações de tornar, cada vez mais, o Refúgio das Araucárias um lugar de proteção à vida selvagem e fomento à vida saudável.
A experiência de hospedar-se em um refúgio de vida selvagem
O local favorece a consciência sobre a relação do ser humano com o ambiente natural.
O refúgio de vida selvagem está dentro da área da Reserva das Araucárias. A cabana tem uma pegada ecológica e te proporciona uma experiência de integração completa, a infraestrutura é em harmonia com a natureza e oferece banheiro seco, aberto e contemplativo.
Excelente local para birdwatching, com um lindo rio de água cristalina que passa aos fundos da cabana. Você pode escolher entre uma cabana aconchegante com dois quartos (para 4 pessoas), ou também pode ficar acampado com a floresta de fundo de quintal.
Cabana Refúgio Cozinha Atrativo a pássaros para fotografia Cozinha da cabana
O espaço é silencioso e ideal para quem gosta de observação de aves, oferece sons naturais do rio, além do canto dos muitos pássaros que habitam a região.
Experiencie fazer seu próprio fogo na lareira e cozinhar em um fogão a lenha. Os vizinhos são produtores de agricultura familiar, onde você pode saborear comidinhas orgânicas e produção de mel local.
Uma proposta de turismo que vai além da sustentabilidade, que busca não somente preservar, mas sim recuperar, resgatar e regenerar os diversos impactos já causados neste ecossistema, uma verdadeira desconstrução de uma cultura colonizadora e extrativista.
O convite é para diminuir o ritmo e criar uma experiência de conexões profundas entre o visitante, a comunidade local e os sistemas que sustentam a vida.
Sobre o espaço:
O Camping Rio Taquaral fica localizado dentro da reserva ecológica Refúgio das Araucárias. É uma área isolada, a cinco quilômetros da vila Abaitinga.
As condições são bastante naturais, adequadas para viajantes experientes. No local há painel solar, porém a eletricidade é limitada para carregar celulares e tablets. Caso seja necessário, lá pegas sinal 3G de dados móveis. Porém, recomentamos que você aproveite para se desconectar da internet e conectar-se com a natureza.
A luzes das construções são de LED. Já o chuveiro e o banheiro, ficam fora da casa.
Em relação a refeições você pode optar por incluir a refeição na sua experiência, ou optar por preparar suas próprias refeições, onde é possível comprar comida em dois mercados na vila.
Placa do banheiro Ducha Banheiro seco
Acessos:
Trilha do Tangará
Trilha da Corredeira
Decks às margens do rio Taquaral
Rio Taquaral
Bike Park – single track para bicicletas
Trilhas para observação de aves
Rio Taquaral Deck
Acumule experiências que contribuem para a regeneração
Venha plantar junto, participe de alguma manutenção que o espaço esteja precisando e faça parte da co-criação de um futuro mais verde e responsável. Segundo o Grupo Regenesis, o primeiro passo em projetos que podem se envolver em uma parceria com o lugar é entender que o lugar é vivo. Tornar-se um praticante regenerativo requer tanto o desenvolvimento das capacidades e potenciais de si mesmo e do seu time, quanto o desenvolvimento destas qualidades em projetos e comunidades.
O desenvolvimento regenerativo está fundamentado em uma crença de que não é possível realizar a transformação que queremos para o mundo sem antes realizarmos a transformação interior de como pensamos e de quem somos capazes de ser. — Regenesis
O desenvolvimento regenerativo possui explicitamente duas dimensões: uma externa e uma interna. O desenvolvimento externo do território deve sempre vir combinado com o desenvolvimento interno daqueles que os habita ou visita. Ao mesmo tempo, o trabalho externamente orientado dos consultores e também dos viajantes envolvidos deve vir acompanhado de uma reflexão interna e um comprometimento verdadeiro com o entendimento do complexo socioecológico sobre o local que se está visitando.
Buscando causar impactos positivos a partir das suas viagens? Consulte-nos, pois já temos mapeados alguns territórios com experiências e propósitos regenerativos. 😉
Texto referenciado a partir da comunidade regenerativa que fazemos parte – o Instituto de Desenvolvimento Regenerativo.